Em memória de

Isadora Luz Benevides e Noah Elias Benevides

19/08/1985
25/04/2018

Só me resta a saudade… e a esperança de um reencontro, um dia.

História
Memórias
Áudios

Isadora Luz Benevides e Noah Elias Benevides

Ainda é difícil acreditar. Parece que a qualquer momento ela vai entrar por aquela porta, com o sorriso que sempre iluminava a casa, e o nosso pequeno correndo atrás, tropeçando nos próprios passos e rindo alto, como se o mundo inteiro fosse um lugar seguro. Mas a realidade é dura. E o silêncio que ficou grita todos os dias dentro de mim.

Minha esposa era meu porto seguro. Forte, doce, dona de um olhar que dizia tudo sem precisar falar. Ela era o tipo de pessoa que fazia a vida parecer mais leve, mesmo nos dias mais difíceis. Nosso filho, ainda tão pequeno... era a alegria em forma de gente. Cada passo, cada palavra nova, cada descoberta dele era como uma festa em casa. Eu vivi o amor mais puro nos olhos daquele menino. Naquele dia, tudo mudou. Um acidente, uma tragédia. E de repente, eu estava sozinho. Restou a dor. Restou a saudade.

Às vezes, me pego olhando as fotos, revendo vídeos, escutando a voz dela, a risada dele... E choro. Choro porque dói, porque não aceito, porque queria ter feito algo, qualquer coisa, pra mudar o destino. Mas também sorrio. Porque lembrar deles é também lembrar do amor que vivemos, dos momentos que construímos, das histórias que ninguém pode apagar.

Hoje, vivo carregando um pedaço deles no peito. Cada canto da casa tem um eco do que fomos. E mesmo que a presença física tenha partido, o amor permanece. Um amor que me quebra e me reconstrói todos os dias.

Só me resta a saudade… e a esperança de um reencontro, um dia.

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