Onde quer que você esteja, minha filha, saiba que eu te amo mais do que tudo nesse mundo. Você sempre vai ser minha menina.
Minha filha, minha dor, minha saudade
Andreia, minha filha… Nunca imaginei que ia ter que escrever algo assim. Nunca pensei que eu ia ter que me despedir de você tão cedo. Dói tanto que nem sei explicar.
Eu lembro do dia que você nasceu, 15 de junho de 1996. Meu Deus, como aquele dia foi feliz! Você chegou trazendo alegria pra nossa vida, toda pequena, toda frágil, e eu prometi pra mim mesma que ia cuidar de você pra sempre. Mas a vida não deixou. O câncer tirou você de mim, e eu não pude fazer nada… nada além de segurar sua mão e pedir pra Deus um milagre.
Desde o dia que você me contou da doença, meu mundo desabou. Eu tinha medo, mas tentei ser forte por você. A gente lutou junto, você sempre tão guerreira, tão cheia de vontade de viver. Meu coração se despedaçava cada vez que você ficava mais fraca, mas você sorria pra mim e dizia que ia ficar tudo bem.
Mas não ficou.
Nos seus últimos dias, você ainda tentava me consolar, mesmo com tanta dor. Eu queria trocar de lugar com você, minha filha. Eu daria tudo pra que fosse eu ali, e não você.
Agora, essa casa tá vazia. Suas roupas ainda tão no armário, seu cheiro ainda tá nos travesseiros, mas você não tá aqui. Eu olho pras suas fotos e me pergunto: como que eu vou viver sem você? Como que eu vou acordar todo dia e seguir em frente?
Me disseram que o tempo cura, mas eu acho que essa dor nunca vai embora. Eu só queria mais um abraço, mais uma risada, mais um "mãe, te amo". Só mais uma vez.
Onde quer que você esteja, minha filha, saiba que eu te amo mais do que tudo nesse mundo. Você sempre vai ser minha menina.
Com amor e saudade,
Sua mãe.
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