Em memória de

Fábio Augusto Teixeira

24/02/1992
30/10/2023

E que, mesmo na ausência, ele continua sendo nosso alicerce.

História
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Fábio Augusto Teixeira

Até hoje me pego falando dele no presente, como se ele ainda fosse abrir a porta com aquele sorriso largo, espalhando alegria por onde passava. Fábio era assim: uma presença que iluminava qualquer ambiente, um coração bom, um homem íntegro, e acima de tudo, um pai e marido como poucos nesse mundo.

Nos conhecemos ainda jovens, e desde o início, eu sabia que ele seria o homem com quem eu queria dividir minha vida. Fábio tinha uma calma que me equilibrava, um jeito gentil de me ouvir, mesmo nos dias em que eu não conseguia colocar em palavras o que sentia. Ele me fazia rir quando tudo parecia desabar, me segurava firme quando eu fraquejava, e celebrava comigo até as pequenas vitórias.

Mas o que mais me emocionava era ver o pai que ele se tornou. Ele era o tipo de pai que acordava de madrugada só para fazer o bebê dormir de novo, que inventava histórias mirabolantes na hora de dormir, que participava das festinhas da escola com um orgulho que transbordava pelos olhos. Nossos filhos sabiam — e ainda sabem — o quanto eram amados. Ele fazia questão de dizer "eu te amo" todos os dias. Não por obrigação, mas porque transbordava dele.

Lembro de um domingo à tarde, enquanto fazíamos um piquenique no quintal, e Fábio olhou para mim e disse: "Se eu tivesse que parar o tempo, seria agora. Com vocês. Só nós três." Aquilo ficou gravado no meu coração. Ele não precisava de luxo, de grandes conquistas. Tudo o que ele queria era estar presente — e ele estava. Sempre.

A dor da perda ainda é enorme. Fábio nos deixou de forma tão repentina, num acidente de carro que ninguém poderia imaginar. Uma parte de mim se foi com ele naquele dia. Mas outra parte ficou, viva, pulsando em cada gesto dos nossos filhos, em cada memória que carrego no peito. Hoje, eu conto essa história não para entristecer, mas para lembrar. Para honrar. Para que o mundo saiba que Fábio existiu. Que ele foi um homem bom. Que ele amou, e foi amado profundamente. E que, mesmo na ausência, ele continua sendo nosso alicerce.

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