“Tenho a Vida Eterna. Minha vida está agora oculta juntamente com Cristo, em Deus”. (João 3:16 / Col. 3:3)
Rafael nasceu em 8 de fevereiro de 1983, na cidade de São Paulo. Desde pequeno, era alegre, amigável, colaborativo e levemente tímido. Na infância, o mundo parecia feito para destros. As tesouras e os lápis das aulas de artes desafiavam sua mão canhota, e ele teimava em acreditar que não escrevia bem. Mesmo assim, treinava a escrita constantemente, em uma persistência silenciosa. Sua auto exigência era comovente. Seu caderno - que ainda guardamos - esta repleto de seus treinos. Buscava a beleza e a perfeição na escrita. Na adolescência, gostava de jogar games, basquete, andar de bicicleta e estava aprendendo a andar de skate. Teve uma cachorrinha branca que cuidava com carinho, a Charlotte — nome escolhido em homenagem ao seu time de basquete favorito, o Charlotte Hornets. Foi um tutor dedicado. Tinha um sorriso doce e discreto que cativava todos ao seu redor, e um olhar amoroso que iluminava e aquecia os nossos dias. Sabia da importância do amor, da lealdade na amizade, e da responsabilidade. Sonhava em ter uma família e em vestir a farda dos Bombeiros - dois sonhos que na verdade eram um só: proteger. Pouco antes de partir, suas mãos plantaram sementes de girassol. Sementes que, mais tarde, se abriram em pétalas douradas voltadas para a luz do sol, num lindo florescer que seus olhos não puderam testemunhar. Mas ele bem sabia: seu último presente não eram as flores, era a própria esperança que nelas floresceu. E que agora nos guia, como um farol suave, pelos dias mais escuros de sua ausência. Esse é o legado do nosso Rafa: iluminado pelo amor, fortalecido pela amizade, e eternamente vivo no jardim de nossos corações. A beleza e a perfeição que tanto buscou nas linhas de um caderno, alcançou-as por fim, no ciclo eterno de amor que escreveu em nossas vidas.
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