Em memória de
Osvaldo Fernandes Silveira
Enquanto sua história for contada, ele continuará vivo nos corações de todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.
Enquanto sua história for contada, ele continuará vivo nos corações de todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.
Meu nome é Maria, e hoje escrevo para contar a história do meu amado Osvaldo. Não é fácil falar sobre alguém que partiu, mas acredito que as memórias que deixamos são a verdadeira prova de que vivemos. E Osvaldo viveu. Viveu com amor, com esforço e com um coração generoso que tocou a vida de todos ao seu redor.
Osvaldo nasceu em 1930, em uma pequena cidade do interior. Filho de trabalhadores rurais, aprendeu desde cedo o valor da terra e do suor. Cresceu forte, mas sempre com um olhar doce e um jeito tranquilo de resolver as coisas. Quando nos conhecemos, eu tinha apenas 18 anos e ele, 25. Foi amor desde o primeiro olhar. Casamos pouco tempo depois e, juntos, construímos uma família.
Era um homem de mãos calejadas pelo trabalho, mas de palavras suaves.
Nunca mediu esforços para dar o melhor para mim e para nossos filhos. Trabalhou a vida toda como carpinteiro, e com suas próprias mãos ergueu não apenas móveis, mas um lar, onde o amor era a base de tudo. Cada tábua que ele pregava, cada pedaço de madeira que ele moldava, era um testemunho do seu esforço e dedicação.
Osvaldo tinha um sorriso fácil e um coração imenso. Gostava de contar histórias da infância, de reunir os netos no quintal e ensinar-lhes a arte de fazer brinquedos de madeira. Seu cheiro era de serragem e café recém-passado, e sua risada, a melodia que embalou nossa casa por décadas.
A vida nem sempre foi fácil. Passamos por tempos difíceis, apertos financeiros, desafios de saúde. Mas ele nunca reclamava. Sempre dizia que "enquanto houver amor, há um caminho". E ele estava certo. Nossa casa nunca foi a mais rica, mas sempre foi cheia de risos, de aconchego e de uma união que nada poderia abalar.
Nos seus últimos anos, Osvaldo enfrentou a doença com a mesma serenidade com que viveu. O corpo já não tinha a força de antes, mas seu espírito continuava inabalável. Em seus últimos dias, segurou minha mão e disse: "Maria, eu tive uma vida bonita". E, de fato, teve.
Ele partiu em uma manhã tranquila de 2000, com 70 anos, deixando um legado de amor e bondade. Até hoje, quando vejo uma peça de madeira bem trabalhada ou sinto o cheiro de café fresco, lembro-me dele. E sei que, em algum lugar, ele ainda sorri para mim.
Osvaldo viveu. E, enquanto sua história for contada, ele continuará vivo nos corações de todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.
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